...não sei para onde vou, mas estou a caminho...

terça-feira, 15 de março de 2011








retalhos de outras cidades surgem-me como uma manta de memórias. os cheiros, os sons, as pessoas, parecem-me todas já vividas e sinto-me em casa num sítio que não é meu.

saudades dos novelos de pessoas que se formam e desenlaçam num pequeno instante.

voltar inevitavelmente aos sítios onde já estive. que difícil é desligar-me dos rastos do passado.

hoje quero jardins e sol

quero mais disto

sentir o corpo a entranhar-se na cidade. os olhos já não buscam com ansiedade porque já estão lá. aqui, sinto-me longe do que não quero.

início calmo e aconchegante. ir até ti mas ficar na ponta do banco. talvez nem me queira sentar. frio repentino. muito. rir! muito... muito! medo que o bilhete marcado me leve onde não quero voltar.


as tulipas não esperaram por mim...

chego e sufoco-me. não posso dar-me a oportunidade de sentir. de pensar. preenche. enche. ficar tão cheia que já não distingo o que quero. só não consigo sentir o espaço que o vazio ocupa.



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